Um dia lindo para celebrar o Benfica

Como seria bonito podermos saltar no tempo e mostrar o que é hoje o Benfica àquele grupo de homens que dia 28 de Fevereiro de 1904 decidiu criar um clube de futebol.

Que bonito seria passar com eles este fim de semana. Sentar-me ao lado de Cosme Damião no Pavilhão e sofrer com ele a vitória em 5 sets da nossa equipa de voleibol. Beber uma cerveja e vibrar com mais uma goleada da equipa de futsal e com a difícil vitória do hóquei. Acompanhar ao longe as peripécias de mais uma vitória da equipa de basket enquanto assistíamos à vitória Europeia do Andebol. Pelo meio, celebrava-mos mais um campeão nacional em salto em comprimento.

Levava-os ao Seixal para verem a academia e explicava-lhe que hoje há dezenas de escolinhas do Benfica espalhadas pelo País fora. Este fim de semana voltámos a ganhar nos juniores e iniciados, e na selecção nacional de sub-17 desponta mais uma estrela formada no Benfica.

Gostava de os levar à casa do Benfica de Sidney, aos cafés de Newark, às escolas de Paris, à Ilha do Sal, a Luanda e ao interior de Moçambique. Em cada esquina vive-se o Benfica com orgulho, e num táxi em São Tomé ouve-se a RDP com a mesma paixão que se vibra na nossa Catedral. Gostava de lhes mostrar as casas que ajudámos a reconstruir na Madeira e o dinheiro que angariamos para o Haiti. Gostava de lhes conseguir explicar que em qualquer parte do mundo se pode acompanhar as vitórias dos nossos atletas, dos miúdos aos profissionais, do golfe ao futebol.

Por fim, levava-os à Catedral e explicava-lhes que hoje quem joga pelo Benfica são alguns dos melhores jogadores do Mundo. Que o Luisão é da selecção do Brasil, o Saviola, o Gaitan e o Salvio são internacionais da Argentina, o Cardozo do Paraguai e o Maxi do Uruguai. Os nossos, quando são bons logo nos levam, mas este ano temos um miúdo das Caxinas que nos faz rebentar de orgulho. E depois temos o Pablito Aimar que é o Pablito Aimar e só visto pode ser entendido. Pedia-lhes desculpa pelo que fizemos ao manto sagrado, mas eles têm de compreender que a nossa alma continua a mesma... aliás, até ao minuto 94 eles iam facilmente perceber.

ORGULHO!!!