95% de votos, 200% de responsabilidade

A recem-empossada direccao ganhou umas eleicoes muito esquisitas com 95% dos votos, parcialmente devido a falta de comparencia de alternativas, e parcialmente devido ao facto de as pseudo-alternativas que compareceram serem uma cambada de estupidos de primeira ordem.
Isso agora nao interessa, e' assunto arrumado.
Ha', contudo, um aspecto importante: parece que este mandato, o do "fecho do ciclo" que parece ja' estar fechado ha' muito tempo, era o mandato dos sucessos desportivos. Foi o que disse o mandatario da candidatura, e o que disse o presidente da direccao (que ate' disse mais, que nao era nem um nem dois campeonatos, mas tres ou quatro, qualquer coisa assim; nao me lembro se a palavra era mesmo campeonato ou apenas titulo, mas como presidente do Benfica estou certo que LFV sabe que no Benfica titulo=campeonato, e o resto e' conversa para colectividades de segunda categoria).
Estamos, portanto, no mandato em que se aposta tudo no sucesso desportivo. Claro que isto e' uma coisa complicada, sobretudo em Portugal quando se tem que jogar contra 14 em todos os jogos, e quando metade das equipas abre as perninhas perante o principal adversario (que tende a jogar sempre com 14). Parece que LFV proibiu (finalmente, finalmente, aaaaaaaaaaaaaleeeeeeeeeeeluuuuuuuuuuiiiiiiiaaaaaaaaaaa!!!) que se falasse das arbitrages. No fundo, ele e toda a gente sabe o que e' que a casa gasta, e nos temos que ganhar independentemente de tudo o que esta' contra nos. Somos demasiado grandes para ser calimeros e alem disso nao temos estadios com ar de casa-de-banho. So' ha', portanto, uma coisa a fazer (que e' a conjuncao destas todas): ter uma equipazorra que nao da' hipoteses, ter um treinador que nao seja toto', nao deixar de cerrar os dentes nem mesmo por um segundinho, e cada vez que alguem nos meter um golo, cinco minutos depois tem que estar duas batatas la' dentro e o animal que meteu o golo no estaleiro para os proximos seis meses.
Para ter uma equipazorra que nao de hipoteses, temos que ter nao so' um onze de titulares que sejam simplesmente inatacaveis e capazes de rebentar com tudo o que lhes aparecer 'a frente, mas tambem um plantel equilibrado, que permita que a equipa mantenha um rendimento alto apesar de lesoes, castigos e quebras de forma dos "titulares". E vamos sublinhar as lesoes, nao so' por causa de certos historiais particulares de jogadores e treinador, mas tambem porque quando jogarmos contra as 250 equipas que tem meio-plantel emprestado pelos corruptos, as lesoes traumaticas vao ser mais que muitas, e o Cardozo, o Aimar, o Saviola, e a maior parte dos outros nao so' vao ficar com fracturas expostas como tambem vao ser expulsos por dar brutais femoradas e peroniadas nos pitons dos adversarios, ou alternativamente monstruosas bochechadas e queixadas nos cotovelos e joelhos dos animais.

Esta conversa toda so' para dizer o seguinte: nao percebo o que e' que estao 'a espera de arranjar um trinco de arrebentar fechaduras que seja um verdadeiro tractor em campo e fora dele, aguente sessenta jogos por epoca incluindo prolongamentos e penalties e falhe menos de metade dos passes; nao percebo o que e' que estao 'a espera de arranjar um guarda-redes A SERIO (Quim ja' era, Moretto nunca foi); e nao percebo como e' que nao percebem que o treinador anda a gritar aos sete ventos que precisa de mais um ponta-de-lanca (fonix, comprem um ao homem!!!).
Portanto: guarda-redes, trinco, e avancado. INDISCUTIVEIS. E JA'!

Irra!

(Joao, desculpa "postar" logo em cima, mas queria falar disto porque me parece que se esta' a cometer um erro de tamanho tsunaminico...)