o excelentissimo MST, essa ave rara da publicacao livreira, que escreve livros sobre cabo verde e todos os pseudo-intelectuais acham que e' o maior tratado alguma vez escrito sobre africa do pos 25 de abril, tem um odio de estimacao: o nosso Benfica. E e' pelo facto de ele ser daquela agremiacao de bestas que eu nunca lerei um livro dele. Mesmo que ele ganhe 3 premios nobel seguidos. Mesmo que queimem todos os livros no mundo e so' sobrem os dele. Mesmo que, como se diz na lingua de sua majestade, "Hell freezes over".
Para comecar, nao percebo porque e' que ele tem uma coluna n' A BOLA. Tambem nao percebo porque e' que, de um dia para o outro, ele passa a ser um entendido em assuntos futebolisticos e politicos, numa clara tentativa de arranjar um Marcelo Rebelo de Sousa mais populista, i.e. com um vocabulario mais vernaculo para os gajos do norte "perceverem" (ja' que deveria ser complicado para eles perceber o conceituado professor de diretio). E eu ate' nem gramo o Marcelo nao so' por ele ser do Sporting mas tambem por pertencer ao PSD. Mas eu gramo ainda menos o MST.
Ora a referida personagem decidiu publicar, na sua coluna de opiniao, a sua opiniao sobre a lesao do Anderson. So' faltou chamar de fdp ao Katsouranis. Por aqui se ve a sua classe. E com o repudio todo que ele demonstrou, com a aversao que ele mostrou a entradas semelhantes, parece que houve um vazio criado, entre 1904 e 2006 (periodo em que os nojentos celebraram 2 centenarios... ah iluminados!), em que CONSISTENTEMENTE os jogadores do Benfica foram agredidos barbaramente por jogadores de classe inolvidavel como o Paulinho Santos, o Andre, o Jorge Costa, o Fernando Couto, o Jaime Pacheco, etc etc etc.
o sr. MST decidiu por no mesmo prato estas cavalgaduras e o Anderson. Estas bestas quadradas e o Simao. Estes nojos futebolisticos e o Rui Costa, o Paulo Sousa, o Rui Aguas, o Nene, o Torres, o Coluna, o Bento, o Chalana. Porque so' foi preciso o Katsouranis fazer uma falta para ser crucificado. Porque anormais como os que partiram o maxilar ao JVP sao uns coitadinhos e foi sem querer.
Hoje ficamos a saber que o Mourinho, o Deco e o Cristiano Ronaldo telefonaram ao Anderson. Devem estar a telefonar tambem o Presidente da Republica, o Scolari, o Dunga, o dono do Manchester United, o Ronaldinho Gaucho e o Messi. Bom para ele. Farta-se de falar ao telefone. Mas nao sei se o mesmo Mourinho que telefona ao Anderson telefonou ao Messi quando o Del Horno o mandou para o estaleiro por 6 meses. No fundo, como se trata do Benfica, vamos mostrar como todos os benfiquistas sao terriveis. Vamos provar como todos os gregos sao assim. Vamos esquecer o Paulinho Santos, o Raul Meireles, o Jorge Costa, o Martelinho e vamos criticar e crucificar uma jogada que acontece VARIAS VEZES em 90 minutos.
Tenho pena do Anderson. Mas sao coisas da vida de jogador da bola. Aconteceu aos 18 anos, podia acontecer aos 25. Quando os donos do passe dele (os outros que tem 99% do passe) decidirem que ele vai jogar para Inglaterra, deveriam avisa-lo que ha' gajos por la' que lhe vao bater ainda mais. O Pedro Mendes nao e' um fora de serie e levou uma trancada que o deixou inconsciente. O Cech e' guarda redes e levou uma traulitada que lhe partiu a cabeca. Essas sim, sao premeditadas. Partir um dos membros que se usam para jogar 'a bola e', no minimo, uma eventualidade com alta probabilidade.
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3 comentários:
convem acrescentar q o katsouranis q joga futebol profissional ha mais de 10 anos, tem no seu curriculo UM cartao vermelho, resultado da acumulacao de dois amarelos, vistos propositadamente para descansar um jogo.
Eu confesso que todas as semanas estou ansioso por ler a crónica do MST, para ver o que é que ele vai buscar desta vez. E se às vezes ele até é original, aflorando, ainda que muito pela rama, o detalhe de o clube dos quinhentinhos ter alguns sessenta jogadores profissionais sob contrato (que empresta às outras equipas da primeira divisão e que sofrem de lombalgias e javardarias crónicas com episódios agudos e incapacitantes nos dias de jogos contra o dono), de o bimbo-mor ter recebido brutas comissões no único ano em que aquele estaminé deu lucro (depois de venderem alguns dez jogadores, cinco treinadores, o Mourinho, a senhora que fazia as bolachas para o chá das cinco e o ucraniano que lavava os pratos), etc., etc., etc.. Mas esta semana, como a maior parte das vezes em que escreve sobre futebol, nota-se que no MST veio à tona aquele problema complexante de adeptos de clubes regionais cujas performances desportivas estão intimamente associadas a roubalheiras arbitrais, corruptos, corruptinhos, corruptóides, capangas e admnistradores da SAD com seis telefones diferentes, para haver sempre um que não esteja sob escuta e através do qual se pode encomendar ao servico de quartos um cafezito com leite, uma lagosta, ou fruta diversa, com ou sem acompanhamento. E esse complexo é o complexo de inferioridade. Eles sabem que nós sabemos que eles sabem que nós sabemos que toda a gente sabe que vitórias sujas podem contar pontos, mas nunca contarão glória. Que podem contar campeonatos aldrabados, mas que nunca contarão honra. Que podem ter tiradas "irónicas" quando quiserem porque metade das redaccões de alguns jornais têm as mãos untadas de ungento papal, mas que nunca serão tomados mais a sério do que os discursos pós-uísque duplo sem gelo do Alberto João Jardim. Saddam também era um mito para o seu ministro da informacão. O mesmo que, sabendo que nós sabíamos que ele sabia que nós sabíamos que ele sabia que toda a gente sabia que os tanques americanos iam entrar em Bagdade no dia seguinte, insistia em directo que o Jorgito é estúpido e que os tanques dos americanos tinham sido todos pulverizados. O que aconteceu ao ministro da informacão aquele, não se sabe - mas sabe-se que ninguém nunca o levou a sério, e que desapareceu. Ao chefe dos Super-Dragões, também ninguém o leva a sério. Ainda não desapareceu. Mas, tal como todo o pedaco de material orgânico mais ou menos sólido que também pode ser utilizado como fertilizante natural, flutua, flutua, flutua, e um dia afunda-se. E o que chateia o MST, e outros afins, é que nesse dia nós vamos puxar o autoclismo, mas eles vão ter que limpar as mãos à parede.
E um post scriptum final: leio as crónicas dele sempre com imenso gosto porque são geralmente muito bem escritas. A de hoje é um bocado excepcional neste sentido, e ele próprio admite isso no fim. Leio as crónicas e leio muito do que ele escreve, porque ele escreve bem, sabe o que escreve, pensa o que escreve. Só se perde quando fala do clube dos quinhentinhos. Resta a esperanca de que um dia ele possa escrever bem, como ele sabe, mas sobre futebol. Nesse dia, vou gostar mais de ler.
Nesse aspecto, a Guardiã do Mito diz o que tem a dizer sem baixar o nível. Mas guardar o Mito não é para qualquer um e, sobretudo, Mito não tem quem quer.
Benfica esmaga.
Nuno, excelente comentario.
Pois eu aprendi a nao gostar do MST em grande parte por causa dos seus ataques de regionalismo agudo quando escreve n'A BOLA.
E se de facto o homem escreve bem, algo q comecei a comprender e' q ele fala frequentemente do q nao sabe.
Com o mesmo genero de prosa com q compara o Anderson ao Pele e o Katsouranis a um assassino vulgar, tambem ataca os antitabagistas, os defensores da igualdade entre homosexuais, os direitos dos imigrantes, etc etc etc. Cada vez q me deparo com uma escriba dele no PUBLICO sobre um tema com o qual esteja bem familiarizado (sobretudo urbanismo e desenvolvimento regional, defesa dos direitos humanos, e politica externa dos EUA) percebo q o discurso dele e' completamento demagogo, cheio de falsas verdades, extremamente acusatorio e arrogante. Deduzo q quando fala sobre temas q desconheco o faca pelo mesmo calibre. Nao e' por acaso q o seu best-seller Equador e' acusado por muitos historiadores como um romance no meio de um chorrilho de asneiras.
Partilho da opiniao do Diogo pois nao tenciono tocar num livro dele a menos q se tenha acabado o papel higienico. E' o tipo de pessoa pequena e mesquinha q so o povo portugues consegue admirar. Duas bojardas com voz grossa convencem toda a agente, ate q o katsouranis e' um assassino.
Para o registo o Katsouranis viu um vermelho (por acumulacao de amarelos) em toda a sua carreira, e ainda por cima fe-lo propositadamente com o objectivo de limpar uma serie de cartoes e descansar no jogo seguinte.
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