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Eusébio +10: Palhaçadas

domingo, 13 de março de 2011

Palhaçadas

Ao que consta, a agressão a dirigentes (ministro/secretário de estado/deputado/comentador) do Benfica passou a constar do repertório do Cirque du Solei. Eu que sou do tempo dos domadores de leões e dos trapezistas acho peculiar a inovação da actividade circense desde que passou a incluir bolas de golfe em vez de malabares.

Fora de brincadeiras, muito mais grave que a agressão perpetrada (que já faz parte da tradição da região) são as palavras de PC. Ainda há dias usava ele da fina ironia para afirmar que o Benfica vive acima da lei, e agora, perante uma agressão cobarde e testemunhada por várias pessoas, não só branqueia a situação como insulta o agredido. É de homem.

A nós, Benfiquistas, coloca-se um dilema. Já chegou (há muito) o dia de dizer basta a estas agressões repetidas e cobardes. É agora necessário decidir como responder. Um caminho é a guerra aberta, respondendo com violência à violência, olho por olho, dente por dente. O outro é declarar abertamente uma estratégia de não agressão. Seja qual for o caminho, é necessário agir com muita inteligência e união.

Se optarmos pela não violência, seremos mais Ghandi que o próprio Ghandi. Destruiremos os nossos adversários na opinião publica e não toleraremos qualquer acto intimidatório. Primeiro, é preciso exigir para os nossos jogadores e adeptos as mais apertadas medidas de segurança. Segundo, é preciso ter a coragem de assumir com dignidade que o autocarro volta para casa quando for apedrejado e que a equipa sai de campo se um jogador for agredido. Terceiro, é preciso humilhar publicamente todos os que nos atacam, vulgarizando a teoria que os nossos adversários não têm identidade própria sem ser a de serem anti-benfiquistas, e recebendo-os em nossa casa com passadeiras de flores. Na visita dos andrades à Luz, vamos deixar um tee de golfe em cada cadeira do seu sector, pedir a cada adepto que lance uma bola de papel para o campo, e gritar incansavelmente o nome do nosso clube.

Se o caminho a seguir for outro, então sejamos mais israelitas que os israelitas... Lutaremos contra tudo e contra todos, quando quiserem, onde quiserem, com as armas que quiserem, e não vamos deixar pedra sobre pedra até ao último estrebuchar do filho da puta.

Tem a palavra o Presidente, que precisa de unir os Benfiquistas para que sejamos apenas um, e para que impeça que alguns idiotas nos envergonhem a todos descendo ao nível dos selvagens que enfrentamos.

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