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Eusébio +10: Reclamar não deve adiantar...

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Reclamar não deve adiantar...

... mas tentar não custa nada.
A propósito do comentador de arbitragem da Antena 1.

Exmo. Sr. Provedor,
dirijo-me a V. Exa. com o propósito de expor o comportamento do comentador de arbitragem Sr. Jorge Coroado, em termos gerais, e especificamente aquando do relato do jogo Boavista-Benfica, no passado dia 06-04-08.
Não pretendo tecer consideracões (não tenho cedilhas no teclado) acerca das preferências clubísticas do Sr. Coroado, mas pretendo analisar a sua forma de estar e de abordar os temas que competem à sua aparente especialidade técnica.
No fim do jogo, quando o treinador em funcões do S.L.Benfica se queixou explicitamente de erros de julgamento por parte de Lucílio Baptista, o Sr. Coroado lancou-se numa divagacão acerca de não estar na União Soviética, não ser 1983, e afins. Dando de barato que o Sr. Coroado tenha uma vastidão de memória que lhe permita recordar em segundos a data em que o agora treinador pretensamente simulou (não vi o jogo de 1983, perdoar-me-á o pretensamente) uma grande penalidade, não me parece adequado que um comentador técnico se dirija nestes termos a um interveniente directo no espectáculo. O Sr. Coroado estará naturalmente informado que não está a praticar um exercício de debate, mas sim uma actividade de radiodifusão, e pela sua costumeira profusão no uso de vocábulos menos costumeiros, não duvido por segundos que conheca ao detalhe a significância de "difusão". Pretendo por isso saber, junto de V. Exa., como se define a fronteira entre o digladiar ódios e amores pessoais na radiodifusão pública, e entre o fazer um comentário técnico. Imagine-se um comentador político a dizer do seu comentado "Sim, porque isto não é o Turquemenequistão, e o senhor tem ar de quem é aldrabão, portanto...".
Ainda acerca das competências técnicas do Sr. Coroado, gostaria que fossem clarificadas as razões que bastas vezes o levam a julgar determinados lances de uma forma, durante o relato dos jogos, para mudar de opinião horas depois, num programa televisivo, ou no dia seguinte, no jornal em que ele assina um comentário técnico.
Por fim, gostaria de saber qual é o critério com que os comentadores técnicos e de arbitragem são contratados.
Agradeco de antemão a atencão de V. Exa.
Respeitosamente,

Nuno R.

Ao menos, não fingimos que no pasa nada.

1 comentário:

Tiago Pinto disse...

isso mesmo. este homem é de um anti-benfiquismo primário...

http://footballdependent.blogspot.com/